
Você acredita que um médico, ao atender uma paciente, possa motivá-la a melhor desenvolver o seu trabalho? Numa simples consulta médica? Você já viu algo parecido?
Pois foi isto que aconteceu com uma mestranda, a quem tenho o prazer se orientar.
O contexto: a aluna de mestrado vem, bravamente, desenvolvendo sua pesquisa num assunto novo, cujos primeiros resultados e conceitos estamos construindo: empresa servidora. Pelo fato de ser um tema absolutamente inovador, e não termos (ainda) especialistas renomados que endosse o tema, o conceito e estruturação de empresa servidora carece de mais pesquisas e resultados, a fim de ocupar o espaço que merece.
Isto, por si só, constitui um elemento de dificuldade.
Associado a isto, tem-se as habituais dificuldades, na realização de um trabalho científico, do acesso para a coleta de dados, o prazo, as dificuldades com o tratamento estatístico e as análises dos resultados, o prazo, a dificuldade de acesso a outros trabalhos similares para efeito de comparação, o prazo que está passando, o tempo para conciliar trabalho e pesquisa, o prazo que está terminando, a acessibilidade a trabalhos científicos que auxiliem nas análises, o prazo, o prazo,, o prazo, …
O efeito: sintoma de gastrite!
A busca por solução: consultar um médico gastroenterologista.
A consulta: durante o procedimento de pesquisa da causa, para diagnóstico e prescrições, o médico se depara com o assunto da pesquisa da mestranda: empresa servidora? O que é isto? Onde você pretende chegar? Em que isto pode ajudar um hospital? Que cuidados você está tomando com a amostra? Está contornando algum eventual viés na coleta dos dados?
A consulta, prevista para durar 20 a 30 minutos habituais, acabou levando cerca de 1,5h.
O encaminhamento: solicitação de exames complementares para integralizar o diagnóstico.
A consequência: Brilho nos olhos da mestranda!
A aluna chegou à nossa reunião com um brilho nos olhos especial. Após relatar o episódio, registrou ter ficado surpresa com a aceitação e interesse no tema por parte do profissional. Suspeita que este interesse do médico com sua pesquisa parece estar associado ao fato de que o médico é, também, diretor de uma instituição de saúde.
A partir, daí, tivemos uma discussão rica e envolvente sobre a pesquisa. Ao final, a aluna solicitou-me que definíssemos a data para sua qualificação. Isto mesmo: a mestranda solicitou a definição da data.
Conclusão: depois desta consulta, o que posso dizer é que o tema “pega”, e …
Obrigado Doutor!
Realmente os desafios de um mestrando são imensos. Passei por isso… mas como encerra a sua colocação, depois da “missão” cumprida, nada como um “obrigado professor”….
Muito legal o relato. Realmente fazer mestrado faz diferença na vida de qualquer um e, como no caso, percebe-se o tema não é teórico, que é prático e que as empresas precisam desses estudos para se desenvolverem…faz com que “o brilho nos olhos” aparece. Cumprimento a orientanda e o orientador pelo feito!
adorei!!! e no caso, a mestranda sou eu, e estou orgulhosa de ter esse professor como orientador.