Trabalho em equipe pressupõe comunicação eficaz, certo? Excelência em serviços pressupõe trabalho em equipe certo? Como um dentista pode ser excelente se não conversa com sua assistente? Veja o caso abaixo…

Eis aqui a história que eu gosto de vivenciar…

 

Chego ao consultório, sou recepcionado pela assistente, à porta, me aguardando com uma postura acolhedora, e logo me cumprimenta. Após cumprimenta-la, dirijo-me à sala de procedimento odontológico.

O dentista, sempre alegre, respeitoso, me cumprimenta como se estivesse chegando um convidado em dia de aniversário. Após rápida colocação do “papo” em dia, sento-me para os procedimentos.

Por todo o procedimento odontológico, os dois pouco se falam. A toda e qualquer necessidade de material, instrumentos, ou outro tipo de suporte, a assistente parece adivinhar o que o dentista precisará. E age, muitas vezes, sem ser solicitada.

Se o dentista muda de posição, logo ela altera a direção do foco (lâmpada), para onde ele precisará de iluminação, … em silencio…

Se o dentista se levanta para fazer uma atividade complementar, ela logo tira o foco, ou redireciona, para não incomodar o paciente, … em silencio…

Se, em função do procedimento, se faz necessária a utilização do sugador, ela logo aciona o equipamento, … em silencio…

Se o dentista precisa de algum material para o procedimento, ela aparece com a caixa de materiais, … em silencio. Nestes casos eles quebram o silencio, pois ele define para a assistente qual o tamanho da peça que precisa para uso no paciente. Mas ela já estava com a caixa adequada – ela apenas escolhe a peça em função de tamanho, ou finalidade.

Em seguida volta o silencio. Ela redireciona o foco, liga ou reposiciona o sugador, arruma a toalha sobre o paciente, ou faz qualquer outra ação necessária ao procedimento…., em silencio

Sem contar com a música ambiente, de extremo bom gosto, escolhida adivinhem por quem? Pela assistente.

 

Sou contra falar? De forma alguma, mas sou contra conversar desnecessariamente, quanto isto nada agrega ao serviço que esteja sendo prestado. O que me chama atenção nesta pequena e eficiente equipe de trabalho é a excelente comunicação entre os dois, sem precisar falar, muitas vezes. Santa competência!

Procure se lembrar de uma equipe de trapezistas altamente treinados, executando manobras de elevado risco, exercendo elevadíssimos padrões de destreza, habilidade, técnica, confiança individual e mútua. Você os vê conversando?

NÃO

Por que?

Por que são competentes demais, para necessitar falar.

Mas se comunicam. E muito!

Pois quando estou diante do dentista e da assistente aqui descritos, é assim que me sinto. Diante de muito competência!

No caso descrito, o que me chama especial atenção são a competência, eficiência, inteligência conjunta, convergência de esforços, prudência silenciosa e respeitosa, correspondência de atitudes e comportamentos, entre os dois membros da equipe!

Isto é um verdadeiro trabalho em equipe.

Parabéns Doutor Dentista!

Pelo seu trabalho, pela sua assistente, pelo excelente serviço prestado, e, acima de tudo, como tratado neste artigo, pelo treinamento eficientíssimo de sua assistente e pelo trabalho em equipe!

Parabéns senhora assistente!