
Você acredita em professor corrigindo prova? Eu não. Pelo menos, geralmente professores não corrigem provas de alunos. O que professores, de modo geral e frequente, fazem é outra coisa… que deixo claro neste ensaio…
É muito frequente falarmos ou ouvirmos a expressão “o professor corrigiu as provas e divulgou as notas”
Esta afirmação contém um erro, do ponto de vista da gestão, que esclareço:
Para isto vou recorrer ao ciclo PDCA
O ciclo PDCA (também conhecido como Ciclo de Deming, ou Ciclo de Ishikawa) preconiza que, ao exercer o gerenciamento de um processo, serviço, ou empresa, o gestor passe pelas etapas de Planejar, Executar, Verificar resultados e Agir corretivamente
O X da questão está nas etapas de Verificar resultados e Atuar corretivamente:
- Verificar resultados corresponde a Avaliar, que significa comparar o resultado obtido com o resultado desejado, e, a partir de uma eventual diferença Corrigir;
- Corrigir significa, efetuar uma correção de algo que não foi feito de acordo com o esperado;
Na maioria das vezes (quase totalidade) o professor avalia se a resposta do aluno foi dada de acordo com os ensinamentos, e, em função disto, é atribuída uma nota, transmitindo o grau em que o aluno domina determinado conhecimento.
Se o professor, ao identificar uma resposta inadequada, efetivamente corrige a questão, formulando a resposta correta, ele estará =, de fato, corrigindo.
Se, entretanto, o professor avaliar a resposta e atribui a nota, ele está avaliando.
Se você é professor, você está corrigindo as provas de seus alunos ou apenas avaliando?
Se você é aluno, seu professor corrige ou avalia suas provas e trabalhos?
Independente da resposta, o mais importante é que esteja ocorrendo aprendizado!
Gostei 🙂
Bom dia.
Professor Kleber Nóbrega, artigo muito interessante, principalmente para o nosso esclarecimento sobre esta diferença, que as vezes, eu pensava que era a mesma coisa.
Show.
Será que os professores fazem Plano de Ação para reverter os resultados ruins, ou apenas continuam ensinando, realizando provas e atribuindo notas? No ensino público onde os professores são “obrigados” pela promotoria, para que aprovem seu alunos e assim quer o governo federal, é bem provável que as avaliações cresçam positivamente a cada bimestre. Minha mãe é professora e tem alunos no 2º grau, que não sabem copiar do quadro para o caderno, muito mal assinam o nome e preferem questões de múltipla escolha. Onde vai parar nossa educação!
Gostei muito deste artigo e continuo perguntando: Qual o plano de ações que os educadores realizam para melhorar o desempenho dos alunos?
Paulo, muito boas suas observações! Seus argumentos me insiram para evoluir o tema, descrevendo a prática do PDCA no ensino, como uma forma de responder à questão tão bem colocada.
Estimula o debate. Obrigado pelo comentário!
Muito legal! Nunca tinha parado pra refletir sobre isso.
Parabéns Kleber 😀
Excelente
A implementação do PDCA no ensino seria magnifico avalio, pois raramente as questões que não obtiveram resposta correta são trabalhadas pelo professor e muito menos pelo aluno ou seja aquelas questões “erradas” caem no vazio do esquecimento após a avaliação e não tem a oportunidade de serem melhor trabalhadas em classe, isso também faz pensar sobre a efetiva qualidade para os temas trabalhados e não o foco na quantidade deles durante o período que se propõe.
Depois de ler esse texto e o que foi aprendido durante nosso curso, percebi que praticamente todos os meus professores apenas avaliavam nossos trabalhos e provas.
É isso mesmo, Rafaela. Um equívoco frequentemente cometido por professores, que merece ser revisto.
Excelente texto, com isso fica claro que os professores não corrigem provas.
É apenas realizado a verificação do que esta certo e errado.
Grato!!!
Talvez o problema da “correção” estejam enraizados na essência dos professores. Como aprenderam a realizar tal tarefa! O segredo é a mudança cultural. Porém, ao realizar alguns cursos, já constatei algumas correções de fato de avaliações, onde o instrutor/sistema indicava o caminho correto, a resposta correta, onde erramos.
O artigo de forma simples deixa claro esta diferença entre correção e avaliação. Será que os auditores da qualidade também já perceberam esta diferença?