
Este artigo faz parte da série “escolas de estratégia” e é o segundo de um total de 12.
Para você, fazer Planejamento Estratégico deve ser separado de sua execução? O Planejamento Estratégico deve ser conduzido apenas por executivos? Até que pondo a análise de pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças é suficiente para definir estratégias?
Nesta série de artigos apresentamos cada uma das escolas de estratégia, conforme o livro “Safari de Estratégia” de Mintzberg, Ahlstrand e Lampel, no clássico livro “Safari de Estratégia” (Figura 1). Neste segundo artigo discorremos sobre a Escola do Design.
A essência da Escola do Design reside em estabelecer adequação da organização ao ambiente, pela observação de suas capacidades internas e possibilidades externas.
O modelo básico da escola do Design sistematiza, de um lado, a avaliação interna, identificando pontos fortes, pontos fracos, e suas competências distintivas, e, de outro lado, a avaliação externa, identificando ameaças e oportunidades, além dos fatores críticos de sucesso, para a criação da estratégia, que é, então, seguida da implementação.
As premissas da escola do Design são:
- estratégias eficazes derivam de um processo de pensamento humano rigidamente controlado;
- a responsabilidade pela percepção é do estrategista, o executivo principal da organização;
- a formação da estratégia deve ser simples e informal;
- o processo de design fica pronto quando as estratégias parecem plenamente formuladas;
- as estratégias devem ser explícitas;
- somente depois de formuladas é que as estratégias podem ser implementadas. A escola do Design faz uma separação clara entre pensamento e ação.
As críticas mais frequentes à escola do Design são …
- a escola nega certos aspectos como o desenvolvimento incremental e a estratégia emergente;
- a avaliação de pontos fortes e pontos fracos passa ao largo do aprendizado;
- uma organização pode estar totalmente segura de suas estratégias antes de testá-las?
- Toda mudança estratégica envolve certa dose de risco e novas experiências;
- A escola promove a inflexibilidade. As estratégias explícitas podem impedir mudanças importantes;
- A separação entre formulação e implementação pode levar a uma postura “pense, depois faça”, de modo que os “estrategistas”, numa mesa redonda, se distanciem por demais da implementação, feita pelos outros.
Reflexões indutivas:
- Como você e sua organização estão pensando e executando as questões estratégicas?
- Na definição da estratégia da sua organização, está ocorrendo o fenômeno “uns pensam, os outros executam”?
- Na condução da estratégia sua organização define o que fazer, e, somente depois, parte para a ação?
Nos próximos artigos estaremos discorrendo sobre cada uma das escolas de forma mais detalhada. Na Figura 1 pode ser vista ao mapa mental com a série completa de artigos, e, para você poderá acompanhar semanalmente, sempre às quintas-feiras.
Figura 1: Estrutura da série de artigos sobre o Safari de Estratégia e suas 10 escolas
Muito bom estou ancioso pelos próximos artigos dessa serie.