Este artigo faz parte da série “escolas de estratégia” e é o quinto de um total de 12.
É realmente necessário elaborar um processo formal de planejamento estratégico? Ou devemos confiar na intuição e sabedoria da liderança empresarial? Como podemos aproveitar a elevada capacidade de visão do executivo na concepção e execução da estratégia?

Nesta série de artigos apresentamos cada uma das escolas de estratégia, conforme o livro “Safari de Estratégia” de Mintzberg, Ahlstrand e Lampel, no clássico livro “Safari de Estratégia” (Figura 1). Neste quinto artigo discorremos sobre a Escola Empreendedora.
A essência da Escola Empreendedora reside em centrar na figura do líder empresarial a responsabilidade pela concepção e articulação pela estratégia da organização. Na condição de “arquiteto” da estratégia, o líder visionário faz uso de intuição, julgamento e sabedoria para definir os rumos do negócio.
O modelo básico da escola Empreendedora reside na capacidade de visão do líder, que, de forma muito mais individual do que coletiva, conduz os destinos da organização, como “num Safari o condutor acima do elefante” conduz a manada. Este enxerga à frente e atrás, acima e abaixo, além, adiante e ao lado, e, como num passe de mágica, passa da identificação de oportunidades à sua perseguição.
As premissas da escola Empreendedora são:
- A estratégia existe na mente do líder, que tem o senso de direção a longo prazo, e define a visão de futuro da organização;
- O processo de formação da estratégia é, na melhor das hipóteses, semiconsciente, enraizado na experiência e intuição do líder;
- O líder promove a visão de forma decidida, até mesmo obsessiva, mantendo controle pessoal da implementação;
- A visão estratégia é maleável, e assim, a estratégia tende a ser deliberada e emergente;
- A organização é igualmente maleável.
As críticas mais frequentes à escola Empreendedora são …
- o elevado nível de dependência do comportamento de um único indivíduo;
- a escola não apresenta solução para o fato de que comportamentos vistos como gloriosos e estimulantes por alguns possam ser vistos como patológicos e desmotivadores por outros;
- a busca por visão coloca uma carga tremenda e irrealista sobre o indivíduo que conduz. O mito de que a organização deve confiar em um ou dois indivíduos, enquanto os outros os seguem cegamente;
Reflexões indutivas:
- sua empresa confia depende intensamente da intuição do líder? Em caso afirmativo, se ele faltar, como a organização vai reagir? Vai reagir?
- Ou sua empresa segue um processo formal de planejamento estratégico, não permitindo adaptações “intuídas” pela liderança?
Nesta série de artigos apresentamos cada uma das escolas de estratégia, conforme o livro “Safari de Estratégia” de Mintzberg, Ahlstrand e Lampel, no clássico livro “Safari de Estratégia” (Figura 1). Neste terceiro artigo discorremos sobre a Escola Empreendedora.
Figura 1: Estrutura da série de artigos sobre o Safari de Estratégia e suas 10 escolas