Este artigo faz parte da série “escolas de estratégia” e é o sexto de um total de 12.
Estratégia é algo que se possa aprender? É algo para qualquer um? Ou deve ser pensada e tratada como algo que cabe, e é alcançada, por alguns pouco “iluminados”?
Nesta série de artigos apresentamos cada uma das escolas de estratégia, conforme o livro “Safari de Estratégia” de Mintzberg, Ahlstrand e Lampel, no clássico livro “Safari de Estratégia” (Figura 1). Neste sexto artigo discorremos sobre a Escola Cognitiva.
A essência da Escola Cognitiva reside em sondar a mente do estrategista, e, através de um processo de forte aprendizado, extrair conhecimento deste estrategista, a fim de conceber e estabelecer a estratégia.
O modelo da Escola Cognitiva envolve duas principais correntes de pensamento: de forma mais positivista, encara o processamento e a estruturação do conhecimento como forma de produzir algum tipo de objetivo. A outra ala, mais subjetivista, encara a estratégia como uma espécie de interpretação do mundo.
A posição em que esta escola é apresentada é proposital, pois estabelece um divisor entre as escolas mais objetivos do Design, Planejamento, Posicionamento e Empreendedora, e as escolas mais subjetivas de Aprendizado, Cultura, Poder, Ambiente e Configuração.
As premissas da Escola Cognitiva são:
- A formação da estratégia é um processo cognitivo, que tem lugar na mente do estrategista;
- As estratégias emergem como perspectivas, na forma de conceitos, mapas, esquemas, que dão forma à maneira pela qual as pessoas lidam com as informações vindas do ambiente;
- Estas informações fluem através de filtros, antes de serem decodificadas pelas mapas cognitivos.
As críticas mais frequentes à Escola Cognitiva são …
- Esta escola é caracterizada mais pelo seu potencial que pela sua contribuição, sobretudo em termos organizacionais;
- A mente tanto é capaz de distorções como a diversidade e complexidade de informações podem comprometer o processo;
- Os bons estrategistas são criativos, o que significa que eles constroem seu mundo em suas cabeças e, em seguida, decretam-no.
Reflexões indutivas:
- Como sua empresa concebe a estratégia: de modo participativo, coletivo, ou a partir da mente iluminada do estrategista-mor da organização?
- Em sendo assim, o conhecimento deste estrategista é “assimilado” pelos demais membros da gestão?
Até que ponto a organização aprende com o líder? Se ele faltar, a organização consegue ter continuidade?
Nesta série de artigos estamos discorrendo sobre cada uma das escolas de forma mais detalhada. Na Figura 1 pode ser vista ao mapa mental com a série completa de artigos, e, para você poderá acompanhar semanalmente, às quintas-feiras.
Figura 1: Estrutura da série de artigos sobre o Safari de Estratégia e suas 10 escolas
Parabéns pela matéria, bem objetiva e clara.
Grato…