A estratégia que vem do ambiente!

Este artigo faz parte da série “escolas de estratégia”, sendo o décimo de um total de 12.

Uma boa estratégia deve ser proativa, isto é formulada pela organização? Ou as respostas ao ambiente externo à organização é que devem ser levadas em conta, ainda que a organização aja de forma reativa? Para sua empresa, o ambiente externo é UM fator, ou é O fator, na formulação de sua estratégia?

O Avestruz como símbolo da escola que se adequa ao ambiente

Nesta série de artigos apresentamos cada uma das escolas de estratégia, conforme o livro “Safari de Estratégia” de Mintzberg, Ahlstrand e Lampel, no clássico livro “Safari de Estratégia” (Figura 1). Neste nono artigo discorremos sobre a Escola Ambiental.

A essência da Escola Ambiental reside em encarar o conjunto de forças de fora da organização, o “ambiente” como um ator, e não como um fator, como considerado pelas outras escolas estratégicas. Assim, escola considera a organização de forma passiva, que passa o tempo reagindo a um ambiente que estabelece a pauta.

O modelo básico da Escola Ambiental inclui o ambiente como uma das três forças centrais no processo, juntamente com liderança e organização. Nas demais escolas o ambiente se faz presente, porém nesta, o ambiente externo se sobrepõe à liderança e à própria organização.

As premissas da Escola Ambiental são: 

  • O ambiente, apresentando-se à organização como um conjunto de forças centrais, é o agente central no processo de geração da estratégia;
  • A organização deve responder a essas forças, ou será “eliminada”;
  • A liderança torna-se um elemento passivo, com a atribuição de ler o ambiente e garantir uma adaptação adequada da organização;
  • As organizações acabam se agrupando em nichos do tipo ecológico, assegurando permanência de posições, até o esgotamento de recursos, quando morrem.

As críticas mais frequentes à Escola Ambiental são … 

  • Nenhuma organização enfrenta um ambiente generoso, complexo, hostil ou dinâmico. Pode haver bolsões periódicos de cada um destes, o que dificulta a generalização de uma única estratégia em função do ambiente;
  • Um estrategista eficaz pode ficar de pé em um lago profundo; estrategistas ineficazes às vezes se afogam em lagos médios rasos;
  • O estrategista, ao escolher se moldar ao ambiente, fica sem opção a não ser agir;
  • O estrategista, ao escolher se moldar ao ambiente, fica sem opção a não ser escolher de forma restritiva.

Reflexões indutivas:

  • Até que ponto sua organização (super)valoriza o ambiente externo, na formulação de suas estratégias?
  • Ou, pelo contrário, até que ponto sua organização deixa de considerar o ambiente externo, na formulação de suas estratégias?
  • Sua organização é proativa e formula suas opções estratégicas? Ou é apensa reativa e se amolda ao mercado?

Nesta série de artigos estamos discorrendo sobre cada uma das escolas de forma mais detalhada. Na Figura 1 pode ser vista ao mapa mental com a série completa de artigos, e, para você poderá acompanhar semanalmente, às quintas-feiras.

Figura 1:  Estrutura da série de artigos sobre o Safari de Estratégia e suas 10 escolas

Estrutura da série "Escolas de Estratégia"

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