Empresas servidoras: utopia?

Você acha possível existir uma empresa, no mundo em que vivemos, que se possa chamar de “servidora”? Ou “ser servidor” é apenas uma oportunidade para as pessoas físicas, impedindo as pessoas jurídicas de também o serem?

Integração e responsabilidade

Você acredita mesmo na existência de uma EMPRESA SERVIDORA? Ou isto seria possível apenas no caso de uma entidade religiosa, filantrópica, uma casa de repouso,  entidade educacional ou de cuidados à saúde das pessoas?

Ou isto seria prerrogativa apenas das “pessoas físicas”, impedindo as “pessoas jurídicas” de apresentarem características semelhantes aos indivíduos?

Imaginar uma empresa em que seu corpo de funcionários vivesse sob o lema de “fazer o bem sem olhar a quem” custe o que custar, parece razoável?

Pois é exatamente aí que reside o problema. A palavra “servidora” sugere doação, subserviência, servilismo, filantropia, serviçal, inferior. E todas estas conotações dificultam o entendimento do que chamamos de empresa servidora.

Como cantaram Fagner e Roberto, “a tristeza vai ter de acabar, custe o que custar”

Por isto mesmo ressaltamos alguns dos princípios que podem nortear a criação e existência de uma empresa servidora.

  • Se servir é agir com responsabilidade, a empresa servidora é aquela que honra seus compromissos, explícitos ou implícitos, junto a seus clientes, funcionários, fornecedores, sociedade, e proprietários;
  • Se servir é agir com desejo de ajudar, a empresa servidora é aquela que adota práticas internas de ajudar a seus funcionários, bem como ajudar a seus clientes, indo além das relações comerciais;
  • Se servir é agir com iniciativa, a empresa servidora é aquela que não se coloca à espera do cliente, agindo de modo a buscar o cliente, e antecipar-se às suas solicitações;
  • Se servir é agir com renúncia, a empresa servidora é aquela que abre mão de (alguns) interesses, visando agir com equilíbrio, entre o curto e o longo prazo, garantindo sua própria sustentabilidade;
  • Se servir é agir com simplicidade, a empresa servidora é aquela que projeta seus produtos e serviços em sintonia com as necessidades dos usuários, não incorporando atributos ou componentes complexos, nem que elevem os custos;
  • Se servir é fazer o bem, a empresa servidora é aquela que entrega bons produtos e serviços a seus clientes, e, em função de resultados financeiros positivos, faz algum tipo de ação de benfeitoria à comunidade, e que não causa prejuízo ao meio ambiente;
  • Se servir é agir com o senso de utilidade, a empresa servidora é aquela que focaliza o atendimento das necessidades de clientes, projetando e entregando produtos e serviços eficazes, sem desperdiçar recurso com produtos ou processos ineficientes.

Reflexões…

  • Você conhece muitas empresas que mereceriam ser chamadas de empresas servidoras?
  • Sua empresa (ou a empresa onde você trabalha) merece este título?
  • Que elementos principais da empresa servidora sua empresa apresenta?

Enfim, sua empresa é uma empresa servidora? Não se preocupe se sua empresa não É ASSIM o tempo todo. Mas é bom que ela seja ASSIM a maior parte do tempo.

Para uma leitura mais aprofundada, recomendamos o artigo publicado neste blog, intitulado: servant organization – how individual behavior can be expanded to a business approach – em klebernobrega.wordpress.com)

Este e outros artigos sobre serviços estão disponibilizados no Blog de Kleber Nóbrega (www.klebernobrega.wordpress.com) e seu autor pode ser contatado através do email: kleber@klebernobrega.com.br

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