Opiniões de pessoas devem ser sempre aceitas como expressão do comportamento de um povo? Até que ponto a sabedoria das multidões deve ser acatada? O que você acha do serviço prestado em Recife?

Como profissional de gestão de serviços, com frequência, faço referencias ao comportamento servidor do brasileiro, afinal somos, de modo geral, prestativos, hospitaleiros, bem humorados, agimos com simplicidade e humildade. Estas são algumas qualidades inerentes ao povo brasileiro, alguns mais, outros menos.
Em algumas situações, quando ministro cursos ou palestras em Recife, recebo comentários, de pessoas locais ou de fora, contestando o comportamento servidor em várias empresas atuantes na região Recifense.
Procuro, sempre, conduzir a discussão ressaltando que algumas experiências vivenciadas, poucas ou muitas, não devem ser usadas para generalizações sobre toda a população. E exemplifico, sempre que posso, com algum episódio marcante, que tenha experimentado em Recife.
Recentemente tive a oportunidade de conviver com uma equipe de profissionais que chamou minha atenção: os garçons e auxiliares que trabalham no salão de café da manhã, do hotel em que me hospedei.
- Ao nos aproximarmos da porta externa do salão, imediatamente um deles se aproxima e abre a porta para o cliente que se aproxima – invariavelmente;
- A maneira de confirmar o número do apto é sempre educada, respeitosa, atenta e objetiva, acompanhada do “bom dia, senhor, seja bem vindo, tome um bom café da manhã”;
- Quando me dirijo adiante, vem um dos garçons, sempre com sorriso simpático (existe sorriso que não é simpático, que é mecânico), e já indaga, em função dos meus trajes: “a caminhada foi boa, senhor”?
- Este mesmo garçom indica onde tem mesas disponíveis, e até acompanha até a mesa. Interessante: muda o profissional, mas o atendimento é padronizadamente agradável. Alguns mais sorridentes, outros nem tanto, mas conseguem, TODOS, ser agradáveis;
- No balcão de pratos quentes, não passa mais de 5 minutos sem que um dos garçons ou auxiliares se aproxime para reorganizar os alimentos, misturando e tornando a comida padronizadamente apresentável;
- A cada prato que deixamos sobre a mesa, em direção à próxima etapa da refeição, vem algum auxiliar recolher, deixando nossa mesa sem acúmulo de pratos, xícaras ou talheres espalhados;
- Noto também que alguns hóspedes, aparente clientes frequentes ou já hospedado há alguns dias, cumprimentam e são cumprimentados pela equipe com alegria, humor, parecendo que são velhos conhecidos;
- Por fim, quando o salão não está cheio, os profissionais não ficam conversando em círculos, aparentando desocupados. Estão SEMPRE olhando em direção às mesas e hóspedes, atentos ao serviço, a alguma solicitação, à organização e à limpeza. Não existe aquela coisa de uma mesa ficar algum tempinho ocupada e com utensílios deixados por um cliente que acaba de sair.
Resumindo: temos, nesta equipe, um verdadeiro exemplo de comportamento servidor, notadamente nos atributos como responsabilidade, atenção, iniciativa, presteza, renúncia, simplicidade, humildade, cuidar do outro,
Tenho dito: uma das principais características de um bom serviço de hotel é o ACOLHIMENTO proporcionado aos clientes. Neste quesito, o Recife Monte Hotel é um show!
Parabéns aos que fazem o Recife Monte Hotel!
Como cantou Reginaldo, “em Recife, existe um povo maravilhoso que recebe os visitantes de braços e abertos e o coração cheio de amor”
Reflexões…
- Você concorda que o Recifense é pouco servidor?
- Ou isto é uma percepção equivocada?
- Que experiências você conhece ou vivenciou que servirão para contestar a afirmação da questão acima? Compartilhe. Ajude-me a mudar este “sentimento”.
- Será que isto existe apenas em algumas “poucas” situações em Recife? E somente com garçons, ou existem em outrostipos de atividades?
- Poste um comentário relatando sua vivencia. Terei imenso prazer em publicar estes episódios, a fim de contribuir para mudar esta imagem, se é que ela existe
Ilustre prof. Kleber,
Estou radicado na capital pernanbucana fazem dois anos e já tenho um bom felling e alguma propriedade para comentar o referido assunto. Infelizmente minhas experiências com a prestação de serviço por essas bandas não é tão semalhante a sua. Considero que o nível de serviço dos pernambucanos podem ser melhorado (e muito). Isto não é uma regra geral, mas é assim na maioria da vezes.
Não esqueça de entrar em contato quando estiver em Recife da próxima vez. Até o próximo comentário.
Sds,
Obrigado, Augusto, por seu comentário. A intenção do artigo é “dar uma mexida” mesmo…
Caro Kleber,
De imediato, ao ler o artigo, confesso que fiquei literalmente com água na boca.
A última vez que me hospedei em Recife, fiquei no Mar Hotel, e o serviço, todos, ficaram bem abaixo do minimamente esperado.
Fico feliz em saber que quando da minha próxima estadia na capital pernambucana, poderei usufruir de um serviço que me traga uma expressão facial de alegria, notadamente ao fazer o check-out.
Agradeço,Ricardo, seu comentário, e fico muito à vontade para indicar o café da manhã do hotel mencionado o artigo.
Caro amigo Kleber,
Confesso que já faz bastante tempo que estive em Recife, portanto nã posso tecer nenhum comentário a esse respeito. Mas lendo o seu artigo me veio a lembrança de um momento que vivenciei ontem em Fortaleza/CE.
Estive hospedado no Hotel Oásis Atlântico, na Av. Beira Mar, Praia de Meireles . O que me chamou atenção foi a comportamento servidor de uma colaboradora do hotel, responsável pelo preparo das tapiocas. No momento em que solicitei o meu pedido, todas as pessoas que também fizeram seus pedidos, além de serem atendidas com um sorriso espontâneo e sincero, foram questionadas se iriam repetir o mesmo pedido do dia anterior. Fiquei bastante surpreso, pois tratava-se de uma pessoa aparentando ter uns sessenta anos, mas com uma memória fotográfica. Aquilo para mim foi um diferencial no atendimento e proporcionou um sentimento de acolhimento e carinho.
Um grande abraço!
Obrigado, Marcelo, pela contribuição.
Que aula hein, dessa senhora?!?!?!?!?!?
Acho que o importante é irmos coletando essas histórias, para compor algo maior. Grande abraço!