Você está satisfeito com o senso de servir de políticos e gestores públicos que que administram sua cidade, seu estado, seu país? E com os que representam nas casas legislativas, sejam a câmara, assembleias, câmaras e sanado? Os representantes atuais têm espírito público? Eles ali estão para servir ao povo, à sociedade, ou para se servirem dos cargos que ocupam?

Nestes dias que antecedem a escolha de um político para representar nossos interesses ou para governar nossa cidade, trago uma reflexão sobre o espírito servidor que deveria impregnar a atuação de cada candidato, e que nos convoca a refletir, enquanto eleitores.
A essência do ser humano é servir aos outros, como disse Gandhi. Para ele, “no dia em que a humanidade descobrir isto, teremos um mundo melhor”.
Sendo assim, qual deveria ser o papel e a conduta de quem se coloca à frente dos destinos de uma parcela da sociedade, no caso, prefeitos e vereadores?
Servir a seu povo, facilitando a vida das pessoas!
Mas, fazendo o que?
- Identificando as necessidades e expectativas do povo e da cidade;
- Encontrando soluções viáveis para os problemas e anseios da comunidade;
- Planejando ações para implantação das soluções, otimizando o uso do recurso público disponível, sem onerar, ainda mais, o bolso do contribuinte;
- Criando projetos para a melhoria da vida das pessoas, …
- … proporcionando o bem estar de seus representados, …
- … tendo o reconhecimento por sua atuação em prol do público e do coletivo…
- … e, por fim, recebendo os ganhos financeiros decorrentes do justo pagamento por seu trabalho, como representante do legislativo ou do executivo
É isto o que vemos?
O que cada político ou gestor público faz, e a maneira como faz, mostram exatamente o perfil de servidor (ou não). Os que ali estão para servir à sociedade através do seu mandato, e aqueles que estão ali para usufruir do mandato, e, portanto, servir-se da sociedade.
Observem, dentre os políticos, aqueles verdadeiramente servidores. Eles não usam a força do cargo, mas sim a força dos argumentos. Eles não colocam seus interesses pessoais ou partidários acima do interesse coletivo. Eles não comparecem apenas a sessões de seu interesse, mas a todas as sessões necessárias à sociedade em geral.
Eles não agem com arrogância ou inconstância, prepotência ou preferência, desinteresse que entristece, deixando de cumprir suas responsabilidades maiores.
Se os parlamentares e gestores públicos tivessem mais preocupação em servir a seu país e seu povo, exercitariam menos arrogância, mais humildade e respeito para com a população, desempenhando papel bem mais útil à sociedade
Um político servidor há que considerar que a infraestrutura e recursos colocados a seu dispor nada mais é do que o suporte necessário ao bom desempenho de quem está a serviço do povo.
No artigo seguinte (Político Servidor – isto existe? – parte 2), explorarei o comportamento servidor de um político ou gestor público, que poderá ser útil para você, leitor, escolher aquele que fará por merecer seu voto.
Bela e muito oportuna reflexão! A arrogância dos políticos, talvez não todos mas a maioria, começa pelo tratamento que se dão “Vossas Excelências”. Nada de errado nisso se assim tratassem também os seus eleitores, melhor seria dizer “clientes”. Não é o que se vê, muito pelo contrário, seus eleitores, passadas as eleições, são apenas “o povo”, seres aparentemente inferiores, que não sabem de nada, que não sabem o que é melhor para si, e portanto precisam “respeitar a vontade e ações dos políticos”… uma clara inversão de valores.
Obrigado por seu comentário. Você me inspirou a fazer um outro artigo, cujo título poderá ser “Vossa Excelência Eleitor”….. Se fôssemos tratados assim, hein?!?!?!?!
Já estou ansioso para ver o novo artigo…