Políticos estão ocupando cargos a serviço de quem? Assim como uma empresa serve a seus clientes, a quem servem as organizações públicas? Consequentemente, como agem os políticos e gestores públicos?

O título deste artigo foi “provocado” por um colega e leitor assíduo deste blog.
Tendo iniciado uma série de dois artigos sobre o espírito servidor que deveria impregnar a atuação de cada candidato, e que nos convoca a refletir, enquanto eleitores, em determinado momento, discuti a questão sobre como os políticos se denominam “vossa excelência”, deixando a um plano bem aquém o cidadão e eleitor.
Gestores públicos e políticos bem que poderiam aprender com a iniciativa privada o respeito a seus clientes e patrões, proporcionando assim, serviços de muito melhor qualidade, geridos com responsabilidade.
Na iniciativa privada não se faz necessário Lei de Responsabilidade Fiscal – se a empresa não conseguir receita suficiente para cobrir suas despesas, sua existência estará automaticamente comprometida. Existe assim, Lei de Responsabilidade Fiscal melhor que a Demonstração de Resultados?
Existe necessidade de Lei de Responsabilidade Fiscal que supere a eficácia da Satisfação de clientes como medidor de desempenho de uma empresa?
Estes dois aspectos seriam suficientes para fazer acordar políticos e gestores públicos acordarem, e tratarem seus “clientes” e “patrões” com mais respeito e eficácia.
Por outro lado, enquanto algumas empresas antiquadas pensam que existem para servir a seus proprietários e gestores, outras mais conscientes descobriram que existem para servir a seus clientes.
Exemplo disto me foi relatado certa vez: o interlocutor mencionou que o nosso ex vice-presidente, José Alencar, costumava afirmar que vivia para servir à sua empresa, e a empresa servia a seus clientes.
Isto fazia com que ele comprasse primeiro um veículo necessário à empresa e, se pudesse, compraria um para si. O que vemos por aí, em algumas empresas, é que proprietários e gestores abastecem-se de carros, combustível, motorista, tudo por conta da empresa, para atender suas necessidades pessoais, particulares.
Trago o exemplo acima por que considero um caso interessante de alguém que viveu os dois mundos: privado e público.
E provoco então que nossos políticos e gestores públicos adotem postura similar, aprendendo com conceitos, princípios e práticas para sua conduta.
Se a empresa tem cliente e patrão, no serviço público, o cidadão exerce os dois papeis. Cliente por que é beneficiado diretamente pela qualidade (ou não) dos serviços públicos. E patrão, por que tem o poder de demitir o mau gestor ou mau político.
Assim, se alguém merece ser tratado como VOSSA EXCELÊNCIA, é o eleitor – cliente a patrão – de políticos e gestores públicos.
Se os parlamentares e gestores públicos tivessem mais preocupação em servir a seu país e seu povo, tratariam o cidadão – eleitor e cliente – por VOSSA EXCELÊNCIA!
Obrigado Robin Pagano, pela provocação que acabou gerando este artigo!
É isso aí! Vamos fazendo nossa parte para ajudar o Brasil a ser um país do presente e não apenas do futuro… Embora muitos políticos que andam por aí digam que “nunca antes na história deste país…” muito ainda falta por fazer, muita corrupção a erradicar, muito investimento em educação, infraestrutura, segurança (pública e jurídica), etc, falta para que este país cumpra seu papel de potência econômica-social desenvolvida… Dinheiro não falta, o que falta são bons políticos… Que o artigo sirva de reflexão para os “maus” políticos (e são muitos), que parecem se sobrepor aos bons…
Vossas excelências somos nós os eleitores, os cidadãos, que trabalham honestamente e pagam (ou não, pela faixa) seus impostos, e os empresários que geram empregos e riqueza para o país.
Obrigado, Robin, por seu comentário. Acredito, piamente, que as coisas vão mudar. Não sei quando, mas vão mudar, e teremos (ou os nossos descendentes terão) um pais melhor!