Você anda se sentindo livre, leve e solto nesta época do ano? Ou você anda amargurado por que a maioria das pessoas está neste clima de “tudo bem, tudo lindo e maravilhoso”? Por que ficamos alegres, soltos, risonhos, complacentes, pacientes, tolerantes, nesta época do ano?

A cada fim de ano este sentimento de paz e harmonia que se instaura pelos quatro cantos do mundo me inquieta. E me motiva!
Esses dias vivi os seguintes episódios:
- Estava na sala de espera do dentista. Passava-se 15 minutos do horário marcado, ainda não havia sido chamado. A recepcionista, pela segunda vez, informa que o dentista pede para me avisar que em seguida me atenderá em alguns instantes.
Agradeci e continuei tranquilo, no confortável sofá.
- Um pouco antes, no trajeto para o consultório ganhei uma “trancada” de um motorista desatento ou violento.
Em outras épocas do ano, eu xingaria, gritaria, me irritaria. Hoje não, eu me tranquilizo, e vou digerindo a agressividade. E não me estresso!
- Mais tarde fui ao banco, pegar um cartão solicitado há alguns dias, prometido para a data de hoje. E o cartão não estava disponível.
Eu reclamei, briguei, xinguei?
Espantosamente, não!
Recebo a informação, e informo que poderei passar no dia seguinte, contando, quem sabe, com o fiel cumprimento do prazo prometido.
Eu poderia ficar relatando casos e mais casos, envolvendo amigos, colegas e famosos. Encontraremos historias semelhantes. Você mesmo, leitor, deve ter as suas.
Mas o que quero discutir é: como é bom viver este calma agradável de paz, harmonia, sintonia e energia (positiva).
Ou será que tem algum louco que não gosta?
Pior que tem. Tem gente que fala que tudo isto é hipocrisia, mentira, falsidade, ilusão. Quer mentira maior que Papai Noel?
Mas é uma mentira boa, não é mesmo?
Entramos vivamos esta mentira!
Como disse alguém certo dia, uma mentira dita muitas vezes acaba se tornando verdade
Recorro, assim, a Taiguara, saudoso compositor e intérprete de belas músicas brasileiras. Parodiando, e brincando com Taiguara
Não desisto
Acredito que exista um lugar que eu perseguia
Um lugar que me dê trégua e me sorria
E, contrariamente aos pessimistas
Acredito piamente que exista um lugar com
gente que não viva só pra si
Não quero encontrar
Gente amarga mergulhada no passado
Procurando repartir seu mundo errado
Uma vida sem amor
Não leva a nada!
Estou morto
Para qualquer triste mundo antigo
Meu Porto, meu destino, meu abrigo
Serão lugares e pessoas que compartilhem amor, paciência e tolerância.
Estes trechos com duplicidade de cor são uma conversa do autor com Taiguara, a partir da música “Universo no teu corpo”, aproveitando algumas brilhantes colocações do compositor, e agregando algumas reflexões para o artigo deste blog. Os trechos na cor vermelha são extraídos da música. Os demais, na cor preta, são as reflexões e provocações do autor do blog.
Quero viver para ver, um dia, um mundo em que não vivamos este clima agradável de Natal, apenas no Natal, mas por todo o tempo!
Imagine!
Concordo, Kleber Nóbrega. Quão bom seria o nosso mundo, se todas as pessoas pensassem a viver o seu dia de forma simples, amena e amigável. Sem a necessidade de magoar com xingamentos,brigas e reclamações, como se a vida não fosse boa. A vida é simplesmente MARAVILHOSA, nós é que precisamos saber conduzi-la na paz e no amor ao próximo. Excelente artigo, e parabéns por suas sábias palavras que SEMPRE tem nos dado a oportunidade de poder realizar uma boa reflexão.
Obrigadíssimo, Sérgio. Grande abraço!