Você conhece alguém arrogante, prepotente e mal educado? Na maioria das vezes, gostamos de conviver com gente assim? Ou procuramos evitar contato com gente deste tipo? Por que estas pessoas agem deste modo? O que podemos fazer a respeito?

Tenho o hábito de escrever as postagens deste Blog com certa antecedência, e até mesmo programar sua publicação. Mas, às vezes, acontecem alguns fatos que me instigam a quebrar a agenda programada.
Recentemente tive conhecimento de um episódio que me provocou tal sentimento. Apresento a seguir o relato do episódio, aqui reproduzido parcialmente, e faço uma reflexão em seguida.
O relato
“Por volta das 10 hs, estávamos, eu e minha esposa, lanchando na Padaria quando presenciamos um senhor, que até então não sabia de quem se tratava, levantar-se bruscamente de sua mesa e ir de encontro ao garçom que acabara de servi-lo. Este senhor, aos gritos, no meio do salão, dizia ao garçom que este não o havia atendido direito, deixando de colocar gelo em seu copo, e gritava pelo gerente, exigindo que o punisse naquele momento, e ele queria presenciar. Não satisfeito com esse escândalo, este senhor puxou o garçom pelo ombro e exigiu que lhe olhasse nos olhos e o tratasse como Excelência, e disse que deveria ‘quebrar o copo em sua cara” .
Texto integral em http://portalnoar.com/empresario-que-defendeu-garcom-emite-nota-e-se-diz-indignado/). Veja também reportagem da Folha de São Paulo (Folha de S.Paulo – Poder – Acusado de humilhar garçom, desembargador vira alvo de críticas nas redes sociais – 03/01/2014)
A reflexão
Tenho dito que costumamos colocar pra fora aquilo que temos de melhor em nosso interior.
- Se o que tenho de melhor é educação, paciência, respeito, vou agir com respeito, educação, e pacientemente.
- Se, por outro lado, sou mal educado, intolerante, grosseiro, vou agir com grosseria, mal educação, e nem pensar em tolerar algo que me desagrade, por parte de alguém.
Temos aí dois tipos de situação: a pessoa É assim; ou a pessoa AGIU assim.
Se a pessoa AGIU assim, por um momento de descontrole, carência, ou por necessidade, havemos de dar um desconto. Penso valer a pena tentar compreender que foi uma questão momentânea, e que podemos relevar, afinal todos temos nossos altos e baixos, não é mesmo?
Se a pessoa É assim, a situação fica um pouco mais difícil de resolver. Educação, formação, cidadania, senso de respeito e consideração para com o próximo não são coisas que se aprende num curso ou treinamento. Leva uma vida!
Em ambas as situações, afirmo que tem gente que é, ou está, tão carente em sua vida, que nem pra ser servida serve!
Infelizmente, o protagonista deste episódio, além de ter a postura que teve, não era uma pessoa qualquer, mas alguém que trabalha numa instituição que deve se colocar a serviço da comunidade, do cidadão, e tem seu salário pago por este.
Trata-se de um Desembargador, alguém que tem o dever de usar o senso de justiça mais do que nós, cidadãos comuns, que à justiça recorremos quando nós sentimos ultrajados ou desrespeitados. Enfim, alguém que deveria, acima de tudo, respeitar o cidadão.
O judiciário existe para servir à sociedade? Ou existe para servir-se da sociedade?
Tenho certeza de que os bons profissionais do judiciário tem toda a clareza a respeito desta questão. Infelizmente nem todos compreendem o seu papel, e agem como o protagonista do episódio aqui apresentado.
Para finalizar, parabenizo Alexandre Azevedo, autor do relato. Pela atitude honrada e respeitosa que teve, por ocasião do fato narrado. E por ter compartilhado. Penso ser necessário que episódios assim sejam compartilhados, de forma que possamos utilizá-los de forma educada e educativa!
Pois é caro, Kléber.
Infelizmente existem pessoas que despejam seu lixo nos outros. Veja este pequeno relato:
Lei do Caminhão de Lixo
Um dia peguei um táxi e fomos direto para o aeroporto.
Estávamos rodando na faixa certa quando de repente um carro saltou do estacionamento na nossa frente.
O motorista do táxi pisou no freio, deslizou e escapou do outro carro por um triz!
O motorista do outro carro sacudiu a cabeça e começou a gritar para nós.
O motorista do táxi apenas sorriu e acenou para o cara.
E eu quero dizer que ele o fez bastante amigavelmente.
Assim eu perguntei: ‘Porque você fez isto? Este cara quase arruína o seu carro e nos manda para o hospital!’
Foi quando o motorista do táxi me ensinou o que eu agora chamo “A Lei do Caminhão de Lixo”.
Ele explicou que muitas pessoas são como caminhões de lixo. Andam por aí carregadas de lixo, cheias de frustrações, cheias de raiva, e de desapontamento. À medida que suas pilhas de lixo crescem, elas precisam de um lugar para descarregar, e às vezes descarregam sobre a gente. Não tome isso pessoalmente.
Apenas sorria, acene, deseje-lhes bem, e vá em frente. Não pegue o lixo delas e espalhe sobre outras pessoas no trabalho, em casa, ou nas ruas.
O princípio disso é que pessoas bem sucedidas não deixam os caminhões de lixo estragar o seu dia. A vida é muito curta para levantar de manhã com sentimentos ruins, assim…
Ame as pessoas que te tratam bem. Ore pelas que não o fazem.
A vida é dez por cento o que você faz dela e noventa por cento a maneira como você a recebe!
Tenha um dia abençoado, livre de lixo !
Moral da história: A gente dar o que têm e mesmo com todas as razões do mundo, ou com um dia ruim, não justifica descontar em outra pessoa que não tem nada haver. Temos no máximo, o direito de dizer ao outro que não está no dia bem, mas não descontar em pessoas que não são culpadas. Tivemos uma história aqui no atendimento, onde a beneficiária gritou com a recepcionista lhe dizendo que pagava seu salário e outro beneficiário se pronunciou e disse que ela deveria pagar muito mal, pois o valor da sua mensalidade não pagaria nem a metade do salário da moça. E depois complementou que ela respeitasse a recepcionista que não tinha culpa de nada.
Nao concordo com o comportamento deste desembargador e vejo no meu dia a dia que todos buscam servir-se um pouco ou com absurdos abusos dos serviços que oferecem. Ontem mesmo num shopping aqui no Rio só fui atendido em uma loja de telefonia após dizer que eu trabalhava no escritório da loja. Acho os serviços no Rio a quem do que pago por eles e me irrito muito todos os dias, mas na minha idade ainda consigo manter o equilíbrio. Nao sabemos ao certo o que levou este senhor a tal desrespeito ao garçom e à sua própria profissão. Eu rezo muito pra que eu nao precise conviver com esses aborrecimentos diários por muito tempo porque um ataque de fúria é semeado todos os dias ao pisar nas ruas. As pessoas estão intolerantes e os serviços sem a qualidade esperada.