Como têm sido seus dias ultimamente: ao fim do dia, você sente que fez algo útil para alguém? Ou termina o dia e você tem uma certa sensação de vazio, uma sensação de que passou mais um dia sem que você tenha feito diferença no mundo ou na vida de alguém? Você tem se sentido útil para aos outros!

Desde que aprofundamos nossas primeiras pesquisas sobre o sentido de SERVIR, encontramos, entre as possibilidades, a compreensão de que servir é ser útil.

Por esta razão, quando um produto não tem mais utilidade, dizemos que ele não serve mais.

Afinal, o que é mesmo que acontece com o sapato velho que já não protege mais o pé! Ou com a camisa rasgada que, não servindo mais para vestir socialmente, é escalada para servir como pano de chão? E aquele equipamento, que, um dia novo, serviu para realizar seus desejos de compra, mas, passado o tempo, possivelmente hoje ele sirva apenas como decoração.

Pois bem, se servir é ser útil, indago: tenho sido uma pessoa útil? Tenho servido aos outros? À minha família? Meus amigos? Meus clientes?

Tenho servido mais aos outros ou tenho me servido mais deles?

Um grande amigo defende que “a vida não é só de download, devemos fazer upload também” (Fred Alecrim).

Enquanto download está relacionado a baixar conteúdo da internet, postura em que estamos, literalmente, recebendo coisas de alguém que teve a iniciativa de disponibilizar algo na rede, upload tem a ver com a nossa predisposição em compartilhar com o mundo, algo que temos ou fizemos de bom.

Trazendo esta reflexão para o nosso dia a dia, penso ser útil pensarmos sobre como e quanto temos e podemos ser úteis na vida e no mundo.

• Quando jovens, ainda na fase de estudo, costumamos receber mais do que dar. Aprendemos com os mais velhos e professores, recebemos casa, comida e roupa lavada, ganhamos mesada, presentes e orientação para a vida.
• Na fase adulta, pagamos nossas contas, aprendemos, mas também ensinamos, ganhamos muito ou pouco, mas compartilhamos uma parte. Provavelmente equilibramos o dar e o receber.
• Na fase madura, quando reduzimos nosso ritmo de trabalho e andanças, compartilhamos nossas reservas de conhecimento, dinheiro, amor e carinho. Possivelmente damos mais que recebemos.

Seja em que fase for, podemos e devemos contribuir, sendo úteis para aqueles que nos rodeiam, nos alegram, ou mesmo nos servem.

Por isto, peço que você reflita, sobre o seu dia de ontem: o que você fez de útil para alguém? Para sua cidade? Para o seu país? Para o mundo?

Confesso que, no fim de um dia em que, ao refletir sobre esta questão, consigo encontrar mais e melhores respostas, tenho uma noite de sono bem mais agradável. E tranquila.

Afinal para que existimos? Para sermos úteis!

Dedico este artigo aos profissionais da FIERN, que estão empreendendo um projeto verdadeiramente rico em termos de prática do servir!