Pessoas ou grupos, quando mantém um ambiente limpo, o fazem de forma espontânea, ou são levadas a agir assim? O que podemos aprender com gente que vive dando aula de limpeza mundo afora? E se o Brasil fizesse uma faxina numa porção de coisas indesejadas?

Repercutiu amplamente o fato de torcedores japoneses, após encerramento da partida da seleção de futebol de seu país, na Copa do Mundo, terem se dedicado a fazer uma faxina no estádio, recolhendo copos, embalagens e outros materiais.
Oxalá outras notícias boas, e simples, repercutissem tanto como esta!
O exemplo de respeito, cidadania e disciplina dos japoneses repercutiu amplamente nas redes sociais do mundo inteiro, sendo considerado uma atitude exemplar, coisa de que o mundo está precisando muito!
O que eles fizeram foi um excelente exemplo do Comportamento Servidor!
Senão, vejamos: o Comportamento Servidor, sintetizado na sigla RUBRISA, corresponde a agir com Responsabilidade, Utilidade (fazer coisas úteis), Bondade, Renúncia, Iniciativa, Simplicidade e Ajuda (disposição para ajudar). Todos os elementos foram mostrados pelos torcedores japoneses, neste belo exemplo de civilidade e humanidade.
Mas houve quem falasse mal: uma escritora japonesa, radicada em Londres, defendeu que “torcedores japoneses se equivocaram ao limpar estádio em Pernambuco”, pois segundo ela, “os nipônicos não devem fazer o que não lhes corresponde” (veja artigo em “Torcedores japoneses se equivocaram…“).
Felizmente o exemplo teve repercussão prática, que pode ser visto num outro artigo que relata a adesão de torcedores brasileiros ao gesto dos japoneses: no jogo seguinte da seleção japonesa, em Natal, torcedores brasileiros se juntaram aos japoneses, para fazer a faxina (disponível em “Torcedores brasileiros aderem à faxina japonesa e limpam estádio”).
Usei, no título deste artigo, uma frase divlgada nos anos 70, pelo governo brasileiro, na tentativa de fazer do Brasil um pais limpo e organizado, algo que continuamos buscando, cerca de 50 anos após.
Fico a lembrar do “Programa 5S”, uma metodologia de trabalho iniciada no Japão, com a finalidade de disseminar conceitos e práticas relacionadas aos sensos de Utilização, Ordenação, Limpeza, Saúde e Auto-disciplina.
Confesso que, nos primeiros contatos que tive com o 5S, achei desnecessário, pois achava tudo aquilo óbvio, mas com o tempo, aprendi a apreciar e adotar em trabalhos junto a empresas e organizações. Vendo o exemplo dos torcedores japoneses, podemos entender os benefícios do 5S bem compreendido e adotado.
Por fim, registro a iniciativa do professor Fernando Trigueiro, que escreveu o livro “5S na Família”, como algo que pode ser muito útil a nós, brasileiros.
E quem sabe, poderemos ter um país melhor se, além da limpeza física, aqui decantada, fizermos uma limpeza em outros aspectos como corrupção, insegurança, violência, roubos e assaltos, desrespeito no trânsito, analfabetismo, etc. etc. etc.
Bacana Kleber em especial notar que o bom exemplo tem repercussão nas pessoas com a mente porosa para receber novos ideias. Pena a grande mídia ter dado pouca atenção ao assunto. Abraço e estou sempre te acompanhando.
Obrigado Karlyzian! Pelo feddback e pela companhia.