Papa servidor. Redundância?

Poderia um Papa não ser servidor? Alguém ousaria classificar um Papa como alguém que não está a serviço dos outros? Ou qualquer outro religioso, bom praticante dos melhores princípios de sua respectiva religião?

Papa Francisco
Papa Francisco

Impossível alguém neste pais não ter sido tocado por todo este clima positivo e de bondade da visita de Francisco ao Brasil, durante a semana que findou. E não é apenas pela mensagem trazida pelo sacerdote.

É pelo exemplo!

Exemplo de comportamento servidor. A simples (simples?) decisão de seguir vida religiosa, passando a viver servindo aos outros, constitui um belo exemplo. Mas Francisco vai além, ele personifica o comportamento servidor em seu mais alto grau.

Senão vejamos os 7 elementos do comportamento servidor:

  • A Responsabilidade que Francisco carrega, além do peso do cargo que ocupa, pode ser notada na sua preocupação em disseminar princípios e ensinamentos, assumindo jornadas de trabalho continuamente longas num curto espaço de tempo de 7 dias.
  • A Utilidade é um dos pontos fortes de Francisco na medida em que utiliza momentos de pregação para chamar atenção para aspectos de governo, no sentido de fazerem uso da ética para honrarem seus deveres de fazer bem ao povo.
  • Bondade é algo que Francisco parece nunca abandonar. Basta darmos uma olhada e vemos isto estampado em sua face e em seus gestos. Em vários instantes de suas passagens pelas ruas ele, atendendo às provocações das pessoas, trocava um de seus pertences. Alguém para sorrir e se doar tanto só mesmo tendo tanta bondade!
  • A Renúncia que Francisco fez ao seguir a vida religiosa em prol de servir ao próximo, é praticada em vários instantes: ao abrir mão de aposentos mais confortáveis, ao fazer uso de automóveis nem tão espaçosos para alguém de estatura grande, ao preferir não viajar em avião com mais espaço, conforto e privacidade, entre outros.
  • Sobre Iniciativa, você prestou atenção que toda vez que alguém se aproxima de Francisco ele não fica aguardando. Em vez disto, se dirige ao seu interlocutor. E, por várias vezes, pediu ao motorista do papamóvel para parar, a fim de cumprimentar um adulto, uma criança? E quando se dirigiu a dois pastores de outra religião para, com eles, rezarem um Pai Nosso?
  • Simplicidade? Acho que nem preciso falar, tanto foram os gestos de demonstração elevada de atitudes e gestos simples. Desde os aposentos, o avião, o carro, como em vários outros momentos, Francisco está dando uma aula de simplicidade.
  • Por fim o desejo de Ajudar parece estar acompanhando Francisco a todo instante, especialmente quando se aproxima de pessoas mais necessitadas.

Não é que outros papas não tenham sido servidores, mas os recados que Francisco está passando ao mundo, não somente a seus seguidores na religião, são tão envolventes e animadores que precisamos enaltecê-los.

Ao concluir esta reflexão, cito Ricardo Pedrosa, quando comentou “Como nenhum outro, Francisco tem “vendido” o evangelho brilhantemente. Com simplicidade, sorriso largo, sabedoria e rompendo paradigmas seculares, Chico vem conquistando a todos. Fica a dica.”

Depois de tudo o que fez neste país na semana passada, nos deixou com um imenso sentimento de saudade!