Para alcançar qualidade é necessário ter quantidade? É possível fazer qualidade com pouco? Como entregar alta qualidade quando você tem poucos recursos?

Estas questões me atormentaram, de forma positiva, na última semana.
Estávamos na coordenação de um seminário de gestão de um grupo empresarial, em que vários gestores apresentavam casos de melhoria da gestão em suas respectivas áreas de atuação, ressaltando o alcance de resultados advindos das experiências relatadas.
Para a condução das apresentações havia sido estabelecido um programa básico, e estabelecido um tempo limite de 20 minutos.
Tivemos muitas – e boas – apresentações!
Respaldados em orientações mais recentes sobre como conduzir uma boa apresentação, sobretudo retirando a ênfase nos slides cheios de textos e imagens, e ressaltando a mensagem e o apresentador, os apresentadores de casos deram um show de palco.
Mas uma, em especial, me chamou especial atenção: a apresentação que fez uso do menor tempo. Enquanto todas as apresentações seguiram o roteiro sugerido – algumas avançaram colocando alguns conteúdos adicionais – esta apresentação mostrou o essencial, e fez uso de apenas 13 minutos.
Não só mostrou o essencial como mostrou um essencial muito bem feito. Trouxe conteúdo, fez uso de humor, prendeu a atenção da plateia, estimulou reflexão, “conversou” com a plateia jogando perguntas relativas à sua apresentação, e, acima de tudo, mostrou resultado totalmente compatível com o esperado, para a ocasião.
Por tudo isto fiz a provocação no início deste artigo: qualidade não é alcançada apenas quando entregamos quantidade, ou, quantidade não é pré-requisito para entregar qualidade.
Quantas vezes ouvimos pessoas e empresas reclamando que não dispõem dos recursos para alcançar um bom nível de qualidade?
O desafio é fazer qualidade quando você não dispõe dos melhores recursos.
Parabéns Patrícia!