O que conta mais: vender ou servir? E se eu preocupar em servir, como vou pagar minhas contas, – hoje? E se eu ficar vendendo sem servir, como vou pagar minhas contas – futuras?

Nas minhas andanças em empresas e organizações costumo receber e colecionar relatos de comportamento servidor. Todos são bons. Mas alguns trazem um tempero especial. E, quando recebo um desses, logo fico tentado e motivado a compartilhar.
O relato
“Recentemente eu estava em meu plantão quando chegou uma senhora acompanhada de uma das atendentes de nossa empresa.
A cliente, titular do contrato achava que podia trocar um de seus dependentes e colocar um parente de uma vizinha dela que estava precisando fazer uso do serviço, naquele momento.
Depois de explicarmos que, infelizmente, não era possível a referida troca, naquelas condições, a cliente ficou muito triste e desesperada, porque sua vizinha não tinha condições financeiras para pagar o serviço para próprio filho.
Nossa ATENDENTE não pensou duas vezes, vendo o desespero da mãe, tomou a frente, ligou para um órgão público, pleiteou atendimento e ajuda para a senhora, tirou cópias dos documentos necessários e foi com a família até a prefeitura para conseguir o serviço.
E conseguiu. Além disso, ainda conquistou a família que pediu para que ela em momento posterior fosse até a residência para que pudessem adquirir um novo contrato e não viver este momento difícil novamente sem estarem amparados”
Meu comentário:
Numa empresa não servidora, o “vendedor” teria se limitado a explicar, respeitosa e claramente, que não poderia atender.
Ao contrário, numa empresa servidora, a vendedora pode ir além, sem medo de represália. Excelente comportamento!
Vender dá dinheiro hoje, no ato imediato. Mas não garante dinheiro pro futuro
Servir dá dinheiro, sim, principalmente no futuro.
O vendedor servidor pode até perder um pouco hoje, mas ganha MUITO amanhã. As pessoas ficam felizes e encantadas não quando são bem atendidas, mas quando são atendidas de modo extraordinário, como fez Adriana, neste episódio.
Parabéns, Adriana Brasil, pela excelente aula de Serviço e Venda!
Agradeço a Helena Furtado pelo belo relato.
É algo recompensador!Eu quando estava na coordenação do atendimento da minha Empresa, aconteceu algo parecido. Eu me deparei com uma senhora com sua filha especial precisando fazer um procedimento de urgência e no seu contrato exigia a co-participação de imediato, impossibilitando que assim fizesse. Ao me deparar com esta situação em informá-la da co-participação fui muito maltratada por ela, onde a mesma só usava palavras de baixo escalão. Enfim, deixei que se acalmasse e tentei me colocar no lugar dela, até que consegui que sua filha fizesse tal procedimento através do SUS por contatos. E ao ligar para ela lhe informando que ainda não tinha conseguido falar com a pessoa, mas que iria conseguir, fui novamente criticada, chegando a chorar por saber que estava querendo ajudar uma pessoa, onde fugia da minha obrigação como profissional daquela Empresa. No entanto, após confirmação ela descobriu que eu estava falando a verdade e seu esposo veio me procurar pedir perdão pelo ato da esposa que estava sofrendo muito. Enfim, mesmo as vezes você querendo fazer o bem, acontece algo para você desistir, mas o prazer de servir ainda continua nas minhas veias e situações como estas não vão me fazer desistir em ajudar o próximo.
Em busca de servir, Fabiana, descobrimos que a Renúncia é um dos elementos de maior dificuldade. Você deu um belo exemplo disto no episódio narrado. Acho que vale a pena continuar insistindo nisto.
Pois é Kleber, ganhamos muito com essa lição protagonizada por Adriana Brasil. É muito importante ajudar sem pensar claramente em ganhar alguma coisa (nem que sejam só agradecimentos). Mas como disse você, o servir pode dá dinheiro. eu diria também que a energia positiva que é gerada quando fazemos boas ações, é que impulsiona a geração de novos momentos positivos, que podem ser financeiramente bons, fisicamente compensadores e elevar o espírito. Só temos a ganhar servindo.